quinta-feira, 21 de outubro de 2010

o Banco da Discórdia

Surgiu ontem no Público uma notícia com duas informações graves, a primeira, que no ano passado, a Junta de Freguesia usou alimentos do Banco Alimentar para as refeições do Jardim de Infância, e a segunda que a Associação de Pais sabia da situação.

A primeira informação é grave pelo desrespeito para com quem contribui para o Banco Alimentar com alimentos ou com voluntariado, como eu próprio já fiz. É grave pela evidente falta de transparência da Junta ao não ter explicado isso aos pais. É grave porque a Junta cobrou dinheiro aos pais para a alimentação das crianças não justificando correctamente como gastou o dinheiro cobrado.
A segunda informação é também grave mas...falsa. A verdade é que no ano passado nunca a questão do Banco Alimentar foi levantada em reuniões ou conversas com a direcção da Associação.

O que foi discutido, isso sim, foi a qualidade dos pratos e talheres (questão já resolvida) e ainda o facto de alguns alimentos aparecerem muito próximos do fim da validade. Essas questões foram sobretudo levantadas num relatório discutido no Conselho Pedagógico.

Mais tarde, a questão específica do Banco Alimentar, soubémo-lo hoje, foi discutida numa reunião do Conselho Pedagógico na qual não participou o elemento designado pela Associação de Pais; aliás a respectiva acta assim o diz.

São,  até prova em contrário, falsas as afirmações publicadas no Público relativas à Associação de Pais.

Nuno Gouveia

3 comentários:

  1. Excelente esclarecimento, Nuno. Não esperavamos outro postura da Associação. Obrigada.

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  2. Tendo andado afastado da vida do Jardim de Infãncia, deixei passar esta polémica. mesmo não acrescentando nada esta discussão neste momento, não posso deixar de esclarecer que as duas noticias são VERDADEIRAS.
    A primeira, porque comprovada por mim e pelos profissionais e assumida em reunião geral de pessoal (docente e não -docente) com o Sr Presidente da Junta de Freguesia e dois elementos do executivo. Nessa reunião foi-nos dito que a Drª Paula, Tec. Serviço Social, iria coordenar o econumato, gerindo as dádivas do banco alimentar.
    Quanto à segunda noticia, recomendo a leitura das actas do Conselho Pedagógico. O problema foi discutido mais do que uma vez, e mesmo em conversas informais com membros da Associação de Pais. Infelizmente, este é mais um dos efeitos de uma má coordenação entre a Associação de Pais e o Jardim de Infãncia... Esperemos que este problema seja futuramente sanado, aprendendo TODOS com os erros.

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  3. Não sei o que causa tanta polémica!
    A Junta de Freguesia de Massarelos recebe bens alimentares que pode usar nos seus equipamentos e distribuir junto das familias carenciadas ou desprovidas de insuficientes rendimentos.
    Se nos equipamentos da Junta de Freguesia estão também crianças provenientes das classes sociais mais desfavorecidas que pagam o minimo possível, a ajuda alimentar do Banco alimentar vem colmatar essas dificuldades. Acham que as crianças carenciadas devem comer de uma "panela" diferente das crianças cujos pais são de grupos sociais de classes altas? Que política social inclusiva a Junta de Freguesia de Massarelos estaria a fazer? Sendo uma entidade publica, deveria ter excluído essas crianças???
    Ainda bem que existem sempre pessoas a contribuir para o Banco alimentar e a efectuar trabalho voluntário. Sem estas duas ajudas as nossas crianças estariam tão desprovidas dos mais elementares direitos: alimentação e educação.

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