Os pais são sempre responsáveis pelo alcance dos horizontes dos filhos menores. São os pais que mantêm fechadas determinadas portas de conhecimento e que vão abrindo outras explicando ao filhos o que eles irão encontrar além da passagem.
Confrontados com a violência gratuita de alguns dos actuais videojogos, muitos pais procuram atrasar o contacto das crianças com essas realidades embora outros minimizem o problema considerando que os seus filhos já sabem a diferença entre o "bem " e o "mal" no jogo, abençoados.
São ainda poucos os casos graves de abuso de violência por parte de crianças emocionadas com a vivência prévia de videojogos violentos, mas existem. E em alguns países, certos jogos foram mesmo proíbidos, embora se tema pelo efeito contraproducente da criação de uma lei seca.
Seja como for, no limite, são os pais e encarregados de educação que têm o poder de gerir esse mundo nos seus pequenos.
Isto vem tudo a propósito da presença de uma instalação da Lego no Shopping Bom Sucesso, no Porto; interessante pela mostra de construções, quer as das crianças que vão a visitando, quer a da divertida "cidade" pré-feita.
Mas também lá foram colocados dois postos de videojogos, com um jogo do Batman em ambiente Lego, acessível a crianças de todas as idades. O Batman é um "super-heroi" que como os restantes da classe tudo resolve sozinho beneficiando de alguma violência e de um mundo irreal de bons e maus. No caso deste videojogo, o problema, a meu ver, é bem pior, pois o jogo permite, pelo menos até onde deixei o meu filho jogar, atropelar outros "bonecos" ao volante de uma escavadora - ou seja, tal como acontece nos videojogos mais violentos! Claro que não se vêm jorros de sangue e claro que o boneco acaba por renascer pouco depois, mas o princípio da violência gratuita está lá; uma violência que surge sem qualquer incentivo ou necessidade - explora-se apenas a capacidade humana de se ser... desumano. A Lego mudou.
Não posso estar mais de acordo contigo. No meu blogue faço referência a este teu texto
ResponderEliminarUm beijo
Mãe